Este é um tema que assusta muita gente. Só de pensar que podem ser convidadas a dar sua opinião em publico, algumas pessoas chegam a deixar de comparecer em eventos e encontros. Este problema pode, algumas vezes, chegar a um processo dessocialização de indivíduos.
A comunicação é um dos itens mais importantes em todas as áreas de nossa vida, então não poderia ser diferente no cotidiano de um diretor, gerente, supervisor, colaborador e principalmente de um líder. Isto sem falar em qualquer outra atividade, o que seria de um vendedor sem boa comunicação? Talvez um bom vendedor, nada mais. E um pregador com falhas na comunicação?
Pior que as falhas, dificuldades ou vícios de linguagem são os medos. Aqueles medos que bloqueiam a possibilidade de fazer algum contato.
Imagine-se em uma reunião onde além de você, que é praticamente um “ativo” da companhia, estão presentes os diretores executivos das áreas, os gerentes, alguns supervisores e os trainees. Nesta reunião esta sendo discutido o futuro de um dos produtos que é fabricado por vocês.
Durante o andamento da reunião um dos diretores coloca no ar uma idéia de elevar o volume de produção deste item, mas você não concorda com a forma que ele quer fazer isto, pois economicamente e tecnicamente existem formas melhores, mas por respeito a hierarquia você se cala, em parte por medo de falar algo incorreto e também porque você concordava com a elevação do volume de produção. Porem, não mais que de repente, um dos trainess da engenharia levanta a mão direita e pede licença para opinar. E para sua surpresa não é que o novato lança uma idéia idêntica a que você teve segundos antes, e para uma surpresar maior ainda a idéia foi muito bem aceita por todos, inclusive pelo diretor que falava anteriormente.
O que relatei acima não é uma coisa difícil de acontecer, talvez as figuras da sua história sejam outras, mas isto acontece todos os dias por ai. Também não é sempre que alguém vai “roubar” sua idéia e ela será bem aceita, mas o risco é um dos fatores mais complicados do sucesso.
Esta pequena história nos leva a pensar que dificilmente precisaremos falar de improviso se não conhecemos do assunto, ou você convidaria alguém para discursar para sua equipe de compras (vendas, engenharia, pediatria, …) se você não conhece-la ou tenha boas referencias?
Sendo assim falar de improviso nunca será muito de improviso. O que nos assusta é realmente o fator surpresa ou o falar em publico?
Se for a segunda opção comece a se preparar, pois as pessoas de sucesso sempre precisarão estar prontas para se apresentar em publico e as que fogem disto também terão que estar prontas, porque um dia alguém te convidará para levantar de seu lugar e expressar suas idéias.
Não deixe sua imagem em risco críticas por conta de você não se comunicar bem. E lembre-se que comunicar-se bem é ser você mesmo. Não copie os outros.
Caso você precise falar sobre algo que não é de seu total domínio, uma boa técnica é falar a maior parte do tempo sobre algo que você conhece muito bem e somente depois faça a ligação com o assunto proposto, sem que tudo pareça uma emenda mal feita.
Deixe os medos para trás, seja você mesmo e não perca as oportunidades que poderão aparecer diante de você, esteja preparada para o improviso (Parece estranho, mas é isto mesmo).
Renato Brandão (renato.brandao@bol.com.br)
isto serve para mim!! não pelo fato da surpresa ou medo, mas pela minha maneira de falar, as vezes acho que sou muito direto ao ponto e isto me incomoda! mas a dica de falar mais sobre o que dominamos vai me ajudar muito! um pouco de enrolation sempre é bom!
abraços!
Legal, que bom. Cuidado com a questão que você disse do “enrolation”, na verdade a preparação é muito importante, isto é, prepare o publico antes de começar a se aprofundar no assunto principal. Valeu.
Lembro-me de uma reunião numa multinacional Dinamarquesa onde trabalhava, quando um diretor colocou um posicionamento que me tocava em cheio (encarregado da área de pessoal), eu me lembro ainda do rosto pegando fogo, e do coração acelerado, quando passei por uma situação assim, porém eu havia me preparado para aquela reunião… Pensei sobre quais assuntos seriam tratados e por que caminhos as pessoas poderiam seguir, e quando o diretor falou aquilo… Puxa, parece que era um ponta fazendo o cruzamento direto pra minha cabeça…. éramos eu e o gol, senti um grande temor de errar, mas, estava preparado… Tornei-me gerente desta empresa, não mais que um ano depois, aos 22 anos de idade. Um verdadeiro menino prodígio daquela empresa.
Creio que todos os conselhos que foram dados são muito importantes, e para mim o mais importante de tudo: SER INTERESSADO pelo produto, ou pelo campo de ação que te diz respeito. Estudar, questionar, experimentar (se possível), ver o que as pessoas que trabalham direto com o produto pensam, ver como o mercado recebe… Ter uma percepção aguçada do que lhe diz respeito, te põe a salvo, e te projeta entre muitos….
Parabéns pelo artigo!
Obrigado. Como você exemplificou bem, falar de improviso não quer dizer ser pego de surpresa. A preparação é muito importante.